A cirurgia refrativa em crianças é um procedimento oftalmológico avançado que visa corrigir problemas de visão como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Diferentemente da cirurgia em adultos, a intervenção em crianças requer considerações especiais devido ao desenvolvimento contínuo do sistema visual e à necessidade de cuidados pós-operatórios mais intensivos.
A seguir, tire todas as suas dúvidas sobre esse tema!
Compreendendo a cirurgia refrativa infantil
A cirurgia refrativa em crianças envolve a modificação da córnea ou do cristalino para alterar o poder refrativo do olho. O objetivo principal é melhorar a acuidade visual e, em alguns casos, prevenir complicações como a ambliopia. Esta cirurgia difere significativamente da realizada em adultos devido à natureza em desenvolvimento dos olhos infantis.
Problemas refrativos comuns na infância
Miopia em crianças
A miopia, ou visão curta, é uma condição na qual a criança tem dificuldade para enxergar objetos distantes. Nos casos pediátricos, a miopia pode ser progressiva, aumentando à medida que a criança cresce. Fatores como genética, tempo excessivo em atividades de perto e pouca exposição à luz solar podem contribuir para seu desenvolvimento.
Hipermetropia infantil
A hipermetropia afeta a visão de perto e, em crianças, pode causar fadiga visual, dores de cabeça e até mesmo estrabismo. É comum em crianças pequenas, mas em alguns casos pode persistir e causar problemas de aprendizagem se não corrigida adequadamente.
Astigmatismo em crianças
O astigmatismo resulta de uma curvatura irregular da córnea, causando distorção visual. Em crianças, pode afetar o desenvolvimento visual normal e o desempenho escolar se não for diagnosticado e tratado precocemente.

Quando a cirurgia refrativa é indicada para crianças?
A decisão de realizar uma cirurgia refrativa em uma criança é complexa e envolve diversos fatores. Os oftalmologistas pediátricos consideram cuidadosamente cada caso antes de recomendar a cirurgia.
Idade mínima recomendada
Não existe uma idade mínima definida universalmente para a cirurgia refrativa em crianças. No entanto, a maioria dos especialistas concorda que o procedimento deve ser considerado apenas após os 5 anos de idade, quando o olho já atingiu um certo grau de maturidade. Em alguns casos excepcionais, a cirurgia pode ser realizada em crianças mais jovens, especialmente quando há riscos significativos de ambliopia.
Condições médicas que justificam a cirurgia
Algumas situações específicas podem tornar a cirurgia refrativa uma opção viável para crianças:
- Anisometropia severa: Quando há uma grande diferença de grau entre os dois olhos, dificultando a correção com óculos.
- Ambliopia refratária: Casos em que o tratamento convencional com óculos e oclusão não é eficaz.
- Intolerância a óculos ou lentes de contato: Algumas crianças podem ter dificuldades físicas ou psicológicas em usar correções tradicionais.
- Erros refrativos muito altos: Miopia, hipermetropia ou astigmatismo em graus elevados que afetam significativamente a qualidade de vida da criança.
Comparação com tratamentos tradicionais
Antes de considerar a cirurgia, é fundamental explorar as opções de tratamento conservador:
- Óculos: A opção mais comum e segura para correção visual em crianças.
- Lentes de contato: Podem ser uma alternativa para crianças mais velhas e responsáveis.
- Terapia visual: Em alguns casos, exercícios oculares podem ajudar a melhorar a visão.
A cirurgia refrativa é geralmente considerada quando estas opções não são eficazes ou práticas.
Tipos de cirurgias refrativas disponíveis para crianças
PRK (Ceratectomia Fotorrefrativa)
O PRK é frequentemente preferido em crianças devido à sua segurança e eficácia. Neste procedimento, a camada superficial da córnea é removida e o laser é aplicado diretamente na superfície corneana. A recuperação pode ser mais lenta e desconfortável inicialmente, mas há menos riscos de complicações a longo prazo.
LASIK (Laser-Assisted In Situ Keratomileusis)
Embora menos comum em crianças, o LASIK pode ser considerado em casos selecionados, especialmente em adolescentes. Este procedimento envolve a criação de um flap na córnea, o que pode ser um fator de risco adicional em crianças ativas.
Implante de lentes intraoculares
Em casos de erros refrativos muito altos ou quando a córnea não é adequada para cirurgia a laser, o implante de lentes intraoculares pode ser uma opção. Este procedimento é mais invasivo e geralmente reservado para casos específicos.
Benefícios da cirurgia refrativa em crianças
Melhoria da acuidade visual
O principal benefício é a melhoria significativa da visão, o que pode ter um impacto profundo no desenvolvimento e qualidade de vida da criança.
Prevenção da ambliopia
Em casos de anisometropia severa, a cirurgia pode prevenir o desenvolvimento da ambliopia ou "olho preguiçoso".
Desenvolvimento visual adequado
Corrigir erros refrativos precocemente pode garantir um desenvolvimento visual normal e prevenir complicações futuras.
Impacto psicossocial positivo
Muitas crianças experimentam uma melhora na autoestima e nas interações sociais após a correção de problemas visuais significativos.
Riscos e complicações possíveis
Riscos a curto prazo
- Infecção: Embora rara, é uma complicação séria que requer tratamento imediato.
- Desconforto e dor: Comum nos primeiros dias após a cirurgia, especialmente com PRK.
- Visão embaçada temporária: Pode durar algumas semanas durante o processo de cicatrização.
Riscos a longo prazo
- Regressão: O efeito da cirurgia pode diminuir com o tempo, especialmente em crianças em crescimento.
- Haze corneano: Opacificação da córnea que pode afetar a qualidade da visão.
- Ectasia corneana: Enfraquecimento progressivo da córnea, mais comum após LASIK.
Considerações especiais para crianças
- Necessidade de retratamentos: O olho em crescimento pode levar a mudanças refrativas que exigem novas intervenções.
- Impacto no desenvolvimento visual: Alterações na córnea podem afetar o desenvolvimento visual normal.
- Desafios no pós-operatório: Crianças podem ter dificuldades em seguir as orientações de cuidados pós-cirúrgicos.
Processo pré-operatório e avaliação
Exames necessários
Uma avaliação oftalmológica completa é essencial, incluindo:
- Refração sob cicloplegia
- Topografia corneana
- Paquimetria (medição da espessura da córnea)
- Avaliação do fundo de olho
- Teste de produção lacrimal
Preparação da criança
É fundamental preparar a criança psicologicamente para o procedimento, explicando de forma adequada à idade o que será feito e o que esperar após a cirurgia.
Orientações aos pais
Os pais devem ser amplamente informados sobre:
- Os riscos e benefícios do procedimento
- As alternativas disponíveis
- O processo de recuperação
- A necessidade de acompanhamento a longo prazo
Recuperação e cuidados pós-operatórios
Fase inicial de recuperação
- Uso de colírios e medicamentos conforme prescrição médica
- Proteção ocular durante o sono e atividades
- Limitação de atividades físicas intensas
Acompanhamento médico
Consultas frequentes são necessárias para monitorar a cicatrização e a evolução visual. O acompanhamento pode se estender por vários anos.
Sinais de alerta
Os pais devem ser orientados sobre sinais que requerem atenção médica imediata, como dor intensa, vermelhidão excessiva ou diminuição súbita da visão.
Concluindo o assunto
A decisão de submeter uma criança a uma cirurgia refrativa é uma jornada cheia de questionamentos e emoções. Como pais, nos vemos diante de escolhas que podem impactar diretamente a qualidade de vida de nossos filhos, e é natural que surjam dúvidas e receios ao pensar em um procedimento cirúrgico.
Afinal, a visão desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, aprendizado e nas experiências diárias dos pequenos.
Conversar com especialistas, buscar informações detalhadas e ponderar todas as possibilidades são passos essenciais. Não se trata apenas de corrigir um problema de visão, mas de considerar o desenvolvimento contínuo do sistema visual da criança e o impacto que essa intervenção pode ter a longo prazo.
A cirurgia refrativa pode ser uma grande aliada em casos onde os tratamentos convencionais, como óculos e lentes de contato, não são suficientes ou viáveis.
No entanto, o caminho até essa decisão precisa ser trilhado com calma e orientação adequada. O apoio de oftalmologistas pediátricos experientes, que compreendem as particularidades do olho infantil e os cuidados necessários no pós-operatório, é fundamental para garantir que a escolha seja a mais acertada.
Por fim, é importante lembrar que, independentemente da decisão, o que mais importa é o acompanhamento contínuo e o carinho dedicado ao bem-estar das crianças.
Estar ao lado delas, garantindo que recebam o melhor cuidado possível, é o que realmente faz a diferença. A visão dos nossos filhos é um tesouro, e qualquer escolha feita com amor e responsabilidade trará benefícios para toda a vida.
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