Coceira nos olhos do bebê: o que pode ser?

Coceira nos olhos do bebê: o que pode ser?

 A coceira nos olhos do bebê é um sintoma comum que pode ter origem em diversas causas, desde fatores ambientais até condições de saúde específicas. 

Os bebês podem esfregar os olhos por inúmeras razões, incluindo fadiga, incômodo devido a luz intensa ou simplesmente como uma forma de auto conforto.  

Nesse contexto, identificar a causa da coceira nos olhos do bebê exige atenção. A seguir, confira as causas mais comuns e como você deve proceder. 

Causas mais comuns de coceira nos olhos em bebês

A coceira nos olhos em bebês pode surgir por diversos motivos, que variam desde causas ambientais até condições médicas que exigem atenção. Entre as causas mais comuns, destacamos: 

  • Alergias: Bebês podem desenvolver alergias a pólen, poeira, mofo, pelo de animais, entre outros alérgenos comuns. As alergias podem provocar coceira, vermelhidão e lacrimejamento.
  • Conjuntivite: É uma inflamação ou infecção conjuntiva, que pode ser causada por vírus, bactérias, ou alergias, resultando em olhos vermelhos, lacrimejantes e coceira.
  • Obstrução do canal lacrimal: É comum em recém-nascidos e pode causar acúmulo de lágrimas, levando à irritação e coceira nos olhos.
  • Presença de corpo estranho: Um cílio ou outra pequena partícula pode ficar preso no olho do bebê, causando desconforto e necessidade de esfregar os olhos.
  • Ambiente seco ou poluído: Ar condicionado, aquecedores e poluição podem secar as mucosas, causando irritação e prurido nos olhos.
  • Exposição à luz solar: A exposição direta à luz do sol pode irritar os olhos sensíveis dos bebês, resultando em coceira e necessidade de proteção ocular.
  • Dermatite de contato: Produtos químicos como sabonetes, shampoos ou loções podem acabar entrando em contato com os olhos do bebê, causando irritação e coceira.

É importante notar que alguns bebês podem esfregar os olhos quando estão cansados ou como parte de um hábito desenvolvido. 

No entanto, se a coceira nos olhos do bebê ocorre com frequência ou é acompanhada por outros sintomas, é aconselhável procurar uma avaliação médica para descartar condições mais graves e iniciar um tratamento adequado.

Diferenciando alergias de infecções oculares

Ao lidar com coceira nos olhos do bebê, é importante diferenciar entre uma alergia e uma infecção ocular, pois o tratamento para cada condição varia significativamente.

As alergias oculares geralmente são causadas por reações a pólen, poeira, pelos de animais ou outros alérgenos comuns. Os sinais incluem:

  • Vermelhidão em ambos os olhos
  • Lágrimas abundantes
  • Inchaço palpebral
  • Coceira intensa

Infecções oculares podem ser de natureza bacteriana, viral ou fúngica. A conjuntivite, uma infecção ocular comum em bebês, pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Presença de secreção, que pode ser clara ou ter aspecto purulento
  • Pálpebras grudadas, especialmente após o sono
  • Vermelhidão geralmente mais pronunciada em um olho que pode ou não se espalhar para o outro

Enquanto as alergias oculares frequentemente melhoram com a remoção do alérgeno e o uso de anti-histamínicos ou colírios antialérgicos, as infecções oculares requerem um diagnóstico preciso e, frequentemente, a prescrição de antibióticos ou antivirais, dependendo da causa.

Nesse sentido, observe a duração e a intensidade dos sintomas e procure aconselhamento médico se houver suspeita de infecção e muito cuidado com a  automedicação que  pode agravar os sintomas e prolongar a infecção.

cuidados com a coceira nos olhos do bebê

Coceira no olhos do bebê: Quando procurar um pediatra? 

Como  os bebês não conseguem comunicar-se de forma clara, observar seus comportamentos e sintomas é a chave para entender quando a situação é mais do que um simples desconforto. 

Os sintomas a seguir merecem atenção e uma visita ao pediatra:

  • Vermelhidão persistente: Se os olhos do bebê continuarem vermelhos por um período prolongado, pode ser sinal de infecção ou outra condição que exija tratamento.
  • Secreção ocular: Qualquer tipo de secreção, seja ela aquosa, esbranquiçada ou amarelada, poderá ser indicativa de conjuntivite ou outras infecções oculares.
  • Sensibilidade à luz: Caso o bebê demonstre desconforto à exposição normal à luz, isso pode indicar inflamação ou irritação ocular grave.
  • Inchaço das pálpebras: O inchaço que não desaparece pode ser resultado de uma reação alérgica ou infecção.
  • Esforço para abrir os olhos: Se parece haver dificuldade ou resistência ao abrir os olhos, isto pode ser sinal de desconforto acentuado.
  • Alteração na visão: Mesmo sendo difícil avaliar a visão dos bebês, qualquer alteração observável no modo como eles rastreiam objetos ou olham para os pais pode ser motivo de preocupação.
  • Presença de febre: Febre associada a quaisquer problemas oculares pode ser um sinal de infecção sistêmica e exige uma avaliação médica imediata.
  • Irritabilidade excessiva ou choro contínuo: Quando as manifestações de desconforto são acompanhadas de choro persistente ou irritabilidade, isso pode sugerir que a coceira ou dor é intensa.

Sempre que houver dúvidas ou preocupações com a saúde ocular, como por exemplo, coceira nos olhos do bebê, a consulta com o pediatra é a melhor ação a ser tomada, pois é ele que poderá realizar um exame minucioso, com diagnóstico adequado e, se necessário, encaminhar a um oftalmologista pediátrico para tratamento especializado.

Como limpar os olhos do seu bebê de forma segura

Os olhos dos bebês são extremamente sensíveis, exigindo cuidado especial durante a limpeza para evitar infecções ou irritações. Para uma limpeza segura, siga os passos abaixo: 

  1. Higienize suas mãos: Antes de tocar os olhos do seu bebê, lave suas mãos com água e sabão para evitar a transmissão de germes.
  2. Prepare uma compressa limpa: Use uma compressa esterilizada ou um pedaço de gaze macio. Se possível, opte por produtos específicos para uso infantil.
  3. Umedeça a compressa/gaze: Molhe-a com água morna filtrada ou fervida e esfrie até atingir uma temperatura segura.
  4. Limpeza suave: Com delicadeza, passe a compressa úmida no olho do bebê, limpando do canto interno para o externo, em um único movimento. Use uma área diferente da compressa para cada passada. Para os dois olhos, utilize compressas diferentes.
  5. Repita se necessário: Se ainda houver secreção, repita o processo com outra compressa limpa até que os olhos estejam limpos.
  6. Secagem: Com uma nova compressa seca, dê leves toques para secar a área ao redor dos olhos do bebê, sem tocar diretamente no olho.

Para amenizar a coceira nos olhos do bebê, é importante evitar produtos como lenços umedecidos ou soluções químicas, pois estes podem ser muito agressivos para os olhos dos bebês. 

Assim como também não é recomendável usar algodão, pois suas fibras podem se soltar e irritar ainda mais os olhos.

Se notar vermelhidão, inchaço ou se a coceira persistir, consulte um pediatra ou um oftalmologista pediátrico, pois isso pode ser sinal de infecção ou outra condição que necessite de tratamento específico.

Prevenção: Evitando irritantes que causam coceira nos olhos do bebê

Para prevenir a coceira nos olhos do bebê, é essencial minimizar a exposição a irritantes e alérgenos comuns. Seguir algumas orientações pode ajudar a proteger os olhos sensíveis dos bebês:

  • Mantenha a casa limpa: Reduza o acúmulo de poeira com limpezas frequentes. Utilize panos úmidos para evitar a dispersão de poeira.
  • Filtro de ar: Considere o uso de um filtro de ar HEPA para remover alérgenos e partículas do ar em casa.
  • Evite fumo: Proteja o bebê da exposição ao fumo do tabaco, que pode irritar os olhos e agravar condições alérgicas.
  • Cuidados com os animais de estimação: Mantenha os animais de estimação fora do quarto do bebê e lave as mãos após manuseá-los antes de tocar no bebê.
  • Roupas e roupa de cama: Lave as roupas e a roupa de cama do bebê em detergentes hipoalergênicos.
  • Brinquedos laváveis: Opte por brinquedos facilmente laváveis para evitar o acúmulo de poeira.
  • Controle de pólen: Em estações de alto índice de pólen, mantenha as janelas fechadas e banhe o bebê após passeios ao ar livre para remover pólen que possa ter aderido à sua pele ou roupa.

Seguindo estas práticas, é possível diminuir significativamente o risco de coceira nos olhos do bebê causada por irritantes comuns. 

Assim como também, é importante também observar a resposta do bebê a diferentes ambientes e materiais, e ajustar a rotina de prevenção conforme necessário.

Cuidados diários: Promovendo a higiene e conforto dos olhos

A manutenção da higiene e o conforto dos olhos de um bebê são fundamentais para evitar a coceira e outras complicações oculares. 

Desse modo, busque adotar práticas diárias de cuidado que auxiliam na preservação da saúde ocular dos pequenos tais como: 

  • Mantenha as mãos do bebê limpas: Como os bebês frequentemente tocam seus olhos, é importante garantir que suas mãozinhas estejam sempre limpas para evitar a transferência de germes e irritantes.
  • Higienize os objetos ao redor: Brinquedos, cobertores e qualquer objeto que o bebê possa entrar em contato direto deve ser regularmente limpo.
  • Cuidado com a qualidade do ar: Evite exposição a fumaça de cigarro e poluentes, pois podem irritar os olhos sensíveis do bebê. Utilize um umidificador em ambientes secos para manter uma umidade confortável.
  • Atente para os produtos de banho: Use sabonetes e shampoos neutros, formulados especialmente para bebês, para evitar irritações nos olhos.
  • Verifique a saúde ocular regularmente: Consultas com um pediatra ou oftalmologista devem estar na rotina de cuidados, para que qualquer sinal de problema nos olhos seja detectado e tratado prontamente.
  • Proteção contra o sol: Quando exposto à luz solar, certifique-se de proteger os olhos do bebê com chapéus de aba larga ou óculos de sol apropriados para a idade.

Além destes cuidados, é importante observar o comportamento do bebê. Se ele estiver esfregando os olhos com frequência ou se houver sinais de irritação, como vermelhidão ou secreção, deve-se procurar orientação médica. A observação atenta e os cuidados diários podem ajudar a manter os olhos do bebê saudáveis e confortáveis, prevenindo a coceira e outras condições adversas.

coceira nos olhos do bebê: o que pode ser?

Complicações possíveis da coceira nos olhos não tratada

A coceira nos olhos do bebê, embora aparentemente simples, pode ser sinal de condições que necessitam de atenção e, se não tratada adequadamente, pode levar a complicações sérias. A pele delicada e a natureza sensível dos olhos infantis aumentam o risco de complicações. Entre as possíveis consequências, podemos destacar:

  • Infecção Secundária: A constante fricção dos olhos pode causar lesões na superfície ocular ou na pele ao redor dos olhos, criando um ambiente propício para bactérias e vírus, levando a infecções como conjuntivite bacteriana.
  • Trauma ocular: O ato de coçar vigorosamente os olhos pode resultar em traumatismos, como a abrasão da córnea, que pode comprometer seriamente a visão quando não tratada rapidamente e de modo adequado.
  • Alterações na visão: A coceira prolongada e o consequente atrito podem causar astigmatismo, uma alteração da curvatura da córnea, afetando a qualidade da visão a longo prazo.
  • Eczema: Em alguns casos, a coceira é sintoma de uma reação alérgica e, se não tratada, pode evoluir para eczema, uma condição de pele caracterizada por áreas vermelhas, inchadas e descamativas.
  • Dificuldades de sono: Coceira intensa nos olhos pode ser desconfortável e perturbar o ciclo de sono do bebê, afetando seu humor e desenvolvimento.

Portanto, é fundamental procurar a orientação de um profissional de saúde diante dos primeiros sinais de coceira nos olhos de um bebê, para evitar essas e outras complicações potenciais, assegurando o bem-estar e a saúde ocular da criança.

Concluindo

A coceira nos olhos do bebê é um sintoma multifacetado, podendo ser desencadeada por uma variedade de causas que vão desde fatores ambientais até condições médicas específicas, ao mesmo tempo em que identificar a origem da coceira demanda atenção, especialmente considerando as diversas possibilidades, como alergias, conjuntivite, obstrução do canal lacrimal e exposição a irritantes.

Desse mesmo modo, saber diferenciar entre alergias e infecções oculares é crucial para um tratamento adequado, sendo as alergias frequentemente controladas com a remoção do alérgeno e medicamentos específicos, enquanto as infecções exigem diagnóstico preciso e, muitas vezes, tratamento com antibióticos ou antivirais. 

Complicações advinda de coceiras não tratadas podem incluir infecções secundárias, trauma ocular, alterações na visão, eczema e dificuldades de sono, portanto, a consulta a profissionais de saúde é fundamental para garantir o bem-estar e a saúde ocular da criança, proporcionando intervenção adequada e prevenindo complicações em potencial! 

 

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