Meu filho mordeu o amiguinho, e agora, o que fazer?

E então, quando você menos espera, recebe aquela ligação temida da escolinha dizendo: "Seu bebê mordeu um amiguinho".  E agora, o que fazer?

Como pais, lidamos com esse tipo de situação com uma mistura de preocupação, constrangimento e incerteza sobre como agir.

Entretanto, é importante entender que a mordida em crianças pequenas é um comportamento comum e que existem maneiras construtivas de lidar com isso.

Compreendendo o comportamento por trás da mordida

A mordida é um comportamento frequente em crianças entre 1 e 3 anos de idade. Existem várias razões pelas quais seu bebê mordeu outro colega:

1. Exploração: Bebês e crianças pequenas usam a boca para explorar o mundo ao seu redor. Eles podem morder para sentir a textura e o gosto de algo novo. Essa é uma fase natural do desenvolvimento, em que a criança está descobrindo o mundo por meio dos sentidos. O ato de morder é uma maneira de a criança interagir com o ambiente e saciar sua curiosidade.

2. Comunicação: Seu filho mordeu como forma de se comunicar quando não consegue expressar suas emoções ou necessidades de outra maneira. A mordida pode ser uma tentativa de chamar a atenção ou expressar frustração quando a criança ainda não adquiriu habilidades linguísticas adequadas para se comunicar.

3. Frustração: Crianças pequenas ainda estão desenvolvendo a capacidade de autorregulação emocional. Elas podem morder quando estão frustradas, com raiva ou com ciúmes, pois ainda não aprenderam a lidar com essas emoções de forma apropriada. A mordida pode ser uma reação impulsiva diante de situações de estresse ou conflito.

4. Imitação: Algumas crianças mordem porque viram outros fazendo isso e querem imitar o comportamento. Elas podem ver a mordida como uma forma de interação social ou de obter o que desejam, pois observaram esse comportamento em seus pares.

Entender esses fatores é fudamental para lidar de forma eficaz com a situação de seu filho ter mordido! 

 

Leia também: O que fazer quando meu filho pequeno me bate?

 

Lidando com a mordida na escolinha e em outras situações sociais 

Quando você recebe a notícia de que seu bebê mordeu outro colega na escola, siga estas etapas:

1. Mantenha a calma: Evite reações exageradas ou punitivas. Lembre-se de que esse é um comportamento típico da idade e que seu filho precisa de sua orientação, não de punição. Ficar calmo e sereno ajudará a criar um ambiente propício para a resolução do problema e a aprendizagem de novos comportamentos.

2. Converse com a escola e com os outros pais: Converse com os educadores para entender o contexto da situação. Obtenha detalhes sobre quando e como a mordida ocorreu, bem como a reação da criança que foi mordida e se desculpe em nome do seu filho. Trabalhem juntos para encontrar uma solução construtiva, alinhando as estratégias a serem adotadas em casa e na escola.

3. Valide os sentimentos: Quando conversar com seu filho, valide os sentimentos que podem ter desencadeado a mordida, como frustração, raiva ou ciúmes. Ajude-o a nomear e expressar suas emoções de maneira apropriada, orientando-o a utilizar palavras ou pedir ajuda ao invés de agir de forma agressiva.

4. Pratique alternativas: Ensine e pratique com seu filho formas alternativas de lidar com situações desafiadoras, como pedir ajuda ao adulto, usar palavras para expressar o que sente ou se afastar da situação quando se sentir prestes a morder. Isso ajudará a construir habilidades socioemocionais saudáveis.

5. Reforce comportamentos positivos: Elogie e recompense seu filho quando ele se comportar de maneira adequada, como compartilhar, pedir por algo ou esperar sua vez. Isso ajuda a reforçar os comportamentos desejados e a motivá-lo a repetir ações positivas.

6. Acompanhe o progresso: Mantenha um diálogo aberto com a escola e continue a trabalhar em casa para ajudar seu filho a superar essa fase. Observe se o comportamento de mordida está melhorando com o tempo e se seu filho está demonstrando aprendizado de novas formas de interação.

Leia também: Meu filho não aceita ser contrariado: o que fazer?

Meu bebê mordeu o amiguinho, o que fazer agora? 

Quando seu bebê mordeu outro colega, é importante agir rapidamente para evitar consequências negativas, como:

1. Punição excessiva: Evite punições severas, como repreensões verbais muito duras, isolamento prolongado ou restrição de atividades. Essas abordagens podem aumentar o comportamento indesejado, prejudicar a autoestima da criança e dificultar o desenvolvimento de autorregulação.

2. Estigmatização: Certifique-se de que seu filho não seja rotulado ou visto como um "mau menino" por causa desse incidente. Isso pode levar a problemas de autoimagem, dificuldades de relacionamento e exclusão social no futuro.

3. Dificuldades na escola: Se o comportamento de mordida persistir, pode gerar problemas na interação com os colegas e na adaptação escolar. A criança pode ser vista como agressiva e ser rejeitada pelos pares, prejudicando seu desenvolvimento social.

4. Problemas futuros: Sem a devida orientação, a mordida pode se tornar um padrão de comportamento que perdure e cause problemas de relacionamento, socialização e até mesmo conflitos legais ao longo da vida.

Conclusão: Apoiando seu filho a superar a mordida 

Quando seu  bebê mordeu outro amiguinho, é natural sentir-se preocupado e constrangido.

No entanto, é importante lembrar que esse é um comportamento comum e transitório na vida de muitas crianças pequenas.

Com paciência, compreensão e orientação, você pode ajudar seu filho a superar essa fase e desenvolver habilidades sociais saudáveis.

Dessa maneira, mantenha uma comunicação aberta com a escola, trabalhe em casa para ensinar alternativas e reforce os comportamentos positivos.

Assim, você estará investindo no desenvolvimento emocional e social do seu filho, preparando-o para lidar de maneira construtiva com situações desafiadoras no futuro.

E, não se esqueça de que com o apoio adequado, seu filho ter mordido é uma fase que pode ser superada.

Ao enfrentar esse desafio com calma e empatia, você estará contribuindo para o crescimento e o bem-estar do seu pequeno, ajudando-o a aprender formas saudáveis de se comunicar, se relacionar e resolver conflitos!  

 

Leia também: Sobrevivendo à crise dos 2 anos: Estratégias altamente eficazes

 

Esse conteúdo foi útil para você? Deixe sua opinião, dúvida ou sugestão nos comentários!