Seu filho não quer comer? Descubra se é seletividade alimentar!

Seu filho não quer comer? Descubra se é seletividade alimentar!

A seletividade alimentar infantojuvenil se caracteriza pela ingestão limitada de alimentos ou pela rejeição a novas experiências alimentares. Diversos fatores podem influenciar esse comportamento, incluindo aspectos sensoriais, emocionais e sociais.

Na infância e na adolescência, os hábitos alimentares estão em formação, sendo comum a ocorrência de alguma resistência à aceitação de certos alimentos.

Entretanto, quando essa resistência se prolonga ou interfere no adequado aporte nutricional, tornam-se necessárias estratégias específicas para o manejo dessa condição, considerando a complexidade do paladar em evolução e a importância de uma nutrição balanceada para o crescimento e desenvolvimento saudável dessa faixa etária.

Compreendendo a Seletividade Alimentar

A seletividade alimentar pode surgir por diversos fatores, sendo multidimensional. Caracteriza-se pela recusa em experimentar novos alimentos ou pela aceitação de um cardápio muito limitado. Algumas causas incluem:

  • Aspectos sensoriais: Crianças podem rejeitar alimentos devido à textura, cor ou sabor.
  • Fatores psicológicos: Ansiedade, sensação de controle e experiências negativas passadas influenciam.
  • Aspectos fisiológicos: Algumas condições médicas, como refluxo ou alergias, podem limitar a dieta.
  • Ambiente alimentar: A forma como a família lida com a alimentação e hábitos estabelecidos também são relevantes.

Essas causas resultam em manifestações como a relutância persistente em provar novos alimentos, preferência por alimentos de texturas específicas e ingestão insuficiente de nutrientes. 

A pediatra Dra. Jannuzzi explica mais sobre esse esse assunto: 

A Importância da Inserção Familiar no Processo de Alimentação

A inserção da família no processo alimentar é crucial para o sucesso na superação da seletividade alimentar em crianças. Quando os pais e outros membros da família participam ativamente das refeições, a criança observa e tende a modelar comportamentos relacionados à alimentação. A presença familiar no momento das refeições:

  • Proporciona um ambiente de suporte emocional.
  • Viabiliza a exposição da criança a uma variedade de alimentos.
  • Estimula a interação social que favorece a experimentação de novos alimentos.
  • Reafirma hábitos alimentares saudáveis através do exemplo.

Logo, é essencial que a família esteja engajada e seja consistente nesse processo, promovendo uma experiência positiva em torno da alimentação.

Estratégias de Abordagem Nutricional para Crianças Seletivas

  • Introdução gradual de novos alimentos: Comece oferecendo pequenas porções de novos alimentos junto a pratos já aceitos pela criança.
  • Ambiente alimentar positivo: Crie um ambiente à mesa livre de pressões e negociações. Mostre entusiasmo pelo ato de comer de forma saudável.
  • Envolvimento no preparo das refeições: Incentive a criança a ajudar no preparo dos alimentos para aumentar o interesse pela comida.
  • Rotina alimentar consistente: Estabeleça horários regulares para as refeições e lanches, evitando petiscos fora dessas janelas.
  • Dê o exemplo: Seja um modelo de uma alimentação variada e equilibrada para que a criança se inspire.
  • Reforço positivo: Elogie o comportamento alimentar adequado sem ênfase excessiva no consumo dos alimentos em si.
  • Exposição repetida: Apresente o mesmo alimento várias vezes, pois a criança pode precisar de múltiplos contatos para aceitá-lo.
  • Evite distrações: Minimize a presença de brinquedos ou dispositivos eletrônicos durante as refeições.

seletividade alimentar

Envolvimento de Profissionais: Quando Procurar Ajuda?

A seletividade alimentar pode ser uma fase típica do desenvolvimento, mas certas situações exigem a intervenção de profissionais. Recomenda-se procurar ajuda quando:

  • A criança demonstra grande ansiedade, choro ou birras significativas em torno da comida.
  • O crescimento parece estar comprometido, evidenciado por um ganho de peso insuficiente ou perda de peso.
  • A restrição alimentar é tão severa que limita a variedade nutricional, com possível impacto no desenvolvimento.
  • A seletividade alimentar persiste por mais de seis meses sem melhora.
  • A dinâmica familiar está sendo afetada negativamente, com refeições tornando-se momentos de conflito constante.

Nessas circunstâncias, aconselhamos o envolvimento de pediatras, nutricionistas, terapeutas ocupacionais ou psicólogos especializados em alimentação infantil. 

Seletividade alimentar infantil

Finalizando o assunto

É crucial reconhecer que, embora a seletividade alimentar seja frequentemente uma fase do desenvolvimento, a busca por ajuda profissional é uma atitude sábia quando sinais de preocupação surgem.

Assim, a intervenção especializada pode oferecer suporte não apenas à criança, mas também à família, assegurando que todos se sintam capacitados a construir hábitos alimentares saudáveis e duradouros.

Ao adotarmos uma abordagem compassiva, paciente e colaborativa, estamos moldando não apenas as escolhas alimentares a criança, mas também cultivando uma base sólida para uma vida toda de hábitos mais saudáveis! 

 

Leia também: Introdução alimentar: como escolher o cardápio inicial do bebê?  

Alergias alimentares em crianças: tudo que você precisa saber imediatamente 

                    

 

Quer receber mais matérias como esta? Deixe seu e-mail abaixo e receba em primeira mão!

 

Voltar para o blog

9 comentários

Oi, Ana! O seu caso, apesar de trazer preocupações, não é raro. Crianças e adolescentes estão consumindo cada vez mais tempo de tela, inclusive durante as refeições, o que é prejudicial para o desenvolvimento como um todo. Fique de olho por aqui que em breve traremos uma matéria especialmente sobre esse caso! E obrigada por compartilhar conosco a sua preocupação!
Com carinho,
Equipe SunKids

Luana Bernardes

Minha enteada está prestes a completar 16 anos, e até hoje se o pai não faz o prato e corta a mistura, ela não come. Não toma café da manhã e nem o da tarde e escolhe o horário de alimentar-se e o que gosta ou não. No total ela come 2x ao dia e “sobremesa” é à vontade. Alega não gostar de água, portanto, não consome. O que fazer para ajudar? Ela passa o dia no celular e recusa-se a comer sem o aparelho. Peso: no máximo 45kg, altura,: 1,54 aproximadamente.

Ana

Oi, Neidiane! Ficamos imensamente felizes em poder te ajudar nessa jornada tão cheias de desafios. Seu pedido é, para nós, um privilégio em poder disseminar informações tão importantes. Fique de olho por aqui que vamos abordar o assunto em breve!

Com carinho,
Equipe SunKids.

Luana Bernardes

Eu estava precisando dessas informações pois, minha filha, ultimamente resiste aos alimentos que lhe são oferecidos . Está sendo muito, mas muito difícil pra mim e para ela . Gostaria de fazer aqui uma sugestão como se fosse UM PEDIDO DE SOCORRO! Um problema que está me afligindo é recusa severa pelos remédios. Ela não quer tomar os remédios de maneira nenhuma ( quando está doente) . Essa situação está me apavorando e percebo que meu comportamento está atingido minha filha . Então por favor, enviem no meu e- mail um artigo, um documento, alguma coisa que contenha informações e orientações pra mim ajudar nesse sentido. Por favor!
Obrigada por ler minha mensagem e aguardo o retorno de vocês.

Neidiane Lira Silva

Deixe um comentário

Os comentários precisam ser aprovados antes da publicação.