A ansiedade é um transtorno psicológico que acomete 67,2% dos brasileiros, você sabia? A criança com ansiedade experimenta um estado psicológico marcado por sentimentos de preocupação, nervosismo ou medo que são fora do comum para a idade da criança.
Embora seja normal que crianças experimentem certa ansiedade durante o crescimento, quando essas preocupações se tornam frequentes ou excessivamente intensas, podem sinalizar um problema de ansiedade.
Este transtorno pode afetar negativamente o desempenho escolar, as relações sociais e o desenvolvimento geral da criança. Por isso, é essencial reconhecer os sinais de alerta a fim de buscar apoio profissional adequado e promover o bem-estar emocional da criança.
Compreendendo a ansiedade nas diferentes faixas etárias
A criança com ansiedade pode se manifestar de maneiras diversas ao longo do desenvolvimento humano. Em cada estágio etário, os sinais podem ser distintos:
- Na infância, a ansiedade muitas vezes aparece como medos excessivos, dificuldades de separação ou crises de birra.
- Durante a adolescência, pode-se perceber a prevalência de preocupações com desempenho escolar, aceitação social e autoimagem.
- Adultos com ansiedade frequentemente enfrentam estresse relacionado ao trabalho, responsabilidades familiares e pressões financeiras.
- Na terceira idade, temores acerca da saúde, perda de entes queridos e mudança na rotina diária são comuns.
Entender como a ansiedade se apresenta em cada fase ajuda a identificar e a intervir de maneira apropriada.
Sinal inconfundível nº1 da criança com ansiedade: mudanças súbitas no comportamento
Quando crianças apresentam ansiedade, uma das manifestações mais evidentes pode ser uma alteração abrupta em seu comportamento habitual. Estas mudanças podem incluir:
- Retraimento social onde antes havia extroversão;
- Irritabilidade ou choro sem razões aparentes;
- Problemas em manter o foco nas atividades escolares ou lúdicas;
- Desenvolvimento de medos repentinos que não eram presentes;
- Afastamento de atividades que anteriormente eram desfrutadas;
- Alterações no padrão de sono, como dificuldade em adormecer ou pesadelos frequentes.
Estes indícios podem ser o reflexo de uma angústia interna que a criança não sabe como expressar adequadamente. Esteja atento a estas variações para oferecer o apoio necessário!
Explorando os aspectos emocionais: Irritabilidade e choro
A criança com ansiedade frequentemente manifesta uma irritabilidade aumentada, está mais propensa a responder a situações cotidianas com frustração ou raiva, diferindo de seus comportamentos habituais.
Este sinal pode ser confundido com rebeldia ou mau comportamento, mas muitas vezes é um indicador de que a criança pode estar lutando contra sentimentos internos de ansiedade.
O choro também é uma expressão comum da criança com ansiedade. Podem chorar facilmente e por motivos que parecem triviais ou sem razão aparente.
Esse choro pode ser uma resposta a uma sensação de sobrecarga emocional, resultante da incapacidade de processar ou expressar adequadamente suas emoções em palavras.
Assim, reconhecer essas manifestações emocionais é essencial para a identificação e suporte adequado à saúde mental da criança.
Sinal inconfundível nº2 da criança com ansiedade: queixas físicas frequentes
A criança com ansiedade pode apresentar uma série de queixas somáticas, isto é, sinais físicos sem uma causa médica aparente. Estas podem incluir:
- Dores de cabeça regulares
- Dores abdominais sem razão médica identificável
- Náuseas frequentes ou mal-estar geral
- Tensão muscular ou relatos de dores pelo corpo
- Fadiga constante
- Insônia ou distúrbios do sono
Estas manifestações somáticas são respostas físicas ao estresse emocional que a criança pode estar sentindo.
Dessa maneira, é fundamental que os pais estejam atentos a estes sinais e busquem orientação médica para descartar causas orgânicas, e, se necessário, procurar apoio psicológico para a criança.
O impacto da ansiedade infantil no desempenho escolar
A ansiedade na criança pode impor barreiras significativas no contexto educacional. Alunos ansiosos frequentemente enfrentam:
- Dificuldade de concentração: A preocupação constante rouba a atenção necessária para o aprendizado eficaz.
- Baixo rendimento nas avaliações: A pressão dos testes e a autoexigência podem levar a bloqueios mentais, interferindo no desempenho.
- Participação em sala de aula insuficiente: O medo de julgamento ou de cometer erros pode fazer com que evitem levantar questões ou participar de discussões.
- Presença de sintomas físicos: Dores de cabeça e estômago, por exemplo, podem levar a faltas escolares, reduzindo a exposição ao conteúdo.
- Evitação de atividades escolares: Projetos em grupo e apresentações tornam-se um grande desafio, resultando em evasão dessas atividades essenciais ao aprendizado colaborativo.
Tais fatores não somente afetam as notas, mas também podem prejudicar o desenvolvimento social e emocional do aluno.
Sinal inconfundível nº3: afastamento social e dificuldades de interação
A criança com ansiedade frequentemente se retrai de atividades grupais, evitando brincadeiras comuns para a idade.
Elas pode se sentir sobrecarregadas pela perspectiva de interagir com os outros, especialmente em ambientes novos ou ruidosos. Esse afastamento pode refletir o medo de sere julgada ou um pavor paralisante de cometer erros em público.
Pois, a interação social muitas vezes exige habilidades que a criança com ansiedade encontra dificuldade em desenvolver, como interpretar pistas sociais ou manter conversas.
Como resultado, ela pode se isolar, perdendo oportunidades valiosas de desenvolvimento social e emocional.
Dessa maneira, procure sempre observar esses comportamentos, pois a intervenção precoce pode ser crucial para o bem-estar da criança.
Ansiedade vs. Timidez: Como diferenciar?
Embora possam parecer similares, ansiedade e timidez são distintas. A timidez é um traço de personalidade onde a criança evita o centro das atenções ou interações por desconforto, mas isso não interfere significativamente em suas funções diárias.
Em contraste, a ansiedade infanto-juvenil é um transtorno que ultrapassa a inibição natural, acompanhada de preocupação exagerada, medos intensos e pode limitar severamente as atividades cotidianas da criança.
Assim, para diferenciá-los, observe se:
- A criança evita situações sociais por medo persistente e irracional, o que indica ansiedade.
- O desconforto é acompanhado de sintomas físicos, como dor de estômago ou taquicardia.
- O comportamento inibidor supera o âmbito social e interfere na rotina escolar ou em outras atividades essenciais.
Quais são as consequências a longo prazo para a ansiedade infantil não tratada?
Quando a criança com ansiedade não é devidamente tratada, pode levar a desfechos preocupantes ao longo do tempo:
- Transtornos de ansiedade persistentes: A falta de tratamento pode resultar na continuidade e agravamento dos sintomas de ansiedade, que podem evoluir para transtornos crônicos.
- Problemas de saúde mental: O risco de desenvolver outros problemas de saúde mental, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático, aumenta significativamente.
- Dificuldades escolares e sociais: As crianças podem apresentar queda no desempenho escolar, dificuldades em estabelecer e manter relações sociais, e um impacto negativo em seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
- Substâncias e comportamentos de risco: Existe uma maior tendência para a busca de alívio através do uso de substâncias ou adoção de comportamentos de risco na adolescência e idade adulta.
É essencial reconhecer e tratar a ansiedade infantil para prevenir essas consequências.
Estratégias parentais para lidar com a ansiedade Iinfantil
Algumas estratégias são indicadas para lidar com a criança em casa. Acima de tudo, é preciso de um ambiente muito acolhedor e que valide todos os sentimentos da criança com ansiedade sem diminui-los. Confira:
- Validar os sentimentos: Reconhecer e acolher o sentimento de ansiedade da criança é o primeiro passo. Evite desvalorizar o que ela está sentindo.
- Ensinar técnicas de relaxamento: Práticas como a respiração profunda e a imaginação guiada podem ser ensinadas para ajudar a criança a se acalmar durante os momentos de ansiedade.
- Estabelecer rotinas: Uma rotina previsível pode fornecer uma sensação de segurança e reduzir a ansiedade.
- Ser um exemplo de comportamento positivo: Os pais devem tentar demonstrar comportamento calmo e resolução de problemas em situações estressantes, servindo como modelo para a criança.
- Promover a autonomia: Encorajar a criança a enfrentar os seus medos gradualmente, com suporte, pode aumentar sua autoconfiança e diminuir a ansiedade.
- Buscar ajuda profissional: Se a ansiedade infantil se tornar intensa ou prolongada, tornando a vida da criança difícil em algum sentido, procurar a orientação de um psicólogo infantil é aconselhável.
A importância da intervenção profissional
Quando uma criança exibe sinais de ansiedade, a intervenção de profissionais da saúde mental torna-se essencial.
Psicólogos e psiquiatras especializados na infância têm ferramentas para identificar a severidade dos sintomas e desenvolver estratégias terapêuticas adequadas para cada caso.
Assim, o apoio precoce pode prevenir o agravamento dos quadros de ansiedade e colaborar para melhores prognósticos. Através de terapia comportamental, técnicas de relaxamento e, em alguns casos, medicamentos, profissionais capacitados direcionam a criança para um desenvolvimento saudável, diminuindo o impacto da ansiedade em sua vida escolar e social.
A participação da família nesse processo também faz toda a diferença, assim como o acompanhamento contínuo à medida que a criança cresce.
Concluindo o assunto
Reconhecer a uma criança com ansiedade pode ser desafiador, mas é fundamental estar vigilante aos sinais inconfundíveis como alterações no sono, preocupações excessivas e mudanças comportamentais.
Sobretudo, é importante para pais, educadores e cuidadores abordarem estas questões com sensibilidade e buscar o apoio de profissionais da saúde mental.
Pois, a intervenção precoce é fundamental para ajudar a criança a gerir a ansiedade de forma eficaz, promovendo o seu bem-estar e desenvolvimento saudável.
Por isso, encoraje a comunicação aberta e ofereça um ambiente de suporte, enquanto procura ajuda especializada para enfrentar esse desafio de maneira assertiva e construtiva!
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12 comentários
Oi, Denise! Procure conversar com o seu pequeno a fim de descobrir quando essas crises começaram. Algo na rotina familiar mudou? Ou na escola? Mantenha o diálogo se forma paciente e amorosa, e mostre que você está presente não importando o tamanho do medo dele.
Convido você a deixar seu e-mail no final dessa matéria para receber conteúdos sobre ansiedade infantil com ainda mais profundidade para te ajudar!
Meu filho de 9 anos está tendo crises de ansiedade recorrentes,fala como bebê e tem medo de sair de casa as vezes, medo de chuva vento e apresentando dificuldade na escola