O bebê engasgou e agora? Saiba o que fazer!

O bebê engasgou e agora? Saiba o que fazer!

O engasgo, especialmente em bebês, é uma emergência médica que pode ocorrer a qualquer momento e necessita de uma resposta rápida e eficaz. O sistema respiratório dos bebês é imaturo, e eles ainda estão aprendendo a controlar os reflexos de sucção e deglutição, tornando-os particularmente vulneráveis a engasgar-se com líquidos, alimentos e pequenos objetos. Veja aqui como agir se o seu bebê engasgou. 

Saber como agir em caso de engasgo pode significar a diferença entre uma solução rápida e a ocorrência de consequências graves, como danos cerebrais devido à falta de oxigênio ou, em casos extremos, o óbito. 

Pais, cuidadores e pessoas que convivem com crianças devem estar preparados para agir corretamente no caso de um engasgo, o que inclui:

  • Identificar os sinais de engasgo, como tosse, choro ineficaz ou ausência de som;
  • Saber diferenciar um engasgo leve de um engasgo grave;
  • Conhecer e aplicar as técnicas adequadas de primeiros socorros, como as manobras de Heimlich adaptadas para bebês ou tapotagem nas costas;
  • Evitar práticas errôneas e potencialmente prejudiciais, que podem agravar a situação;
  • Reagir com calma e eficiência, garantindo à criança o melhor suporte possível enquanto se busca assistência médica profissional.

O bebê engasgou? Sinais e sintomas

Se o bebê engasgou, ele pode não ser capaz de chorar ou fazer barulhos audíveis, o que dificulta a identificação imediata do problema. 

No entanto, existem diversos sinais e sintomas aos quais devemos estar atentos para reconhecer prontamente um episódio de engasgo em bebês:

  • Falta de ar: O bebê pode demonstrar dificuldade para respirar ou apresentar respiração ruidosa e irregular.
  • Tosse fraca ou ineficaz: Se o bebê está tentando tossir, mas o som parece abafado ou fraco, isso pode ser um sinal de que as vias aéreas estão obstruídas parcialmente.
  • Choro silencioso ou luta para fazer barulho: Se o bebê parece estar chorando mas nenhum som é emitido, isso pode indicar que o ar não está conseguindo passar pelas vias aéreas.
  • Coloração da pele alterada: A pele do bebê pode ficar azulada ou muito pálida devido à falta de oxigênio.
  • Assustado ou em pânico: se o bebê engasgou, ele pode demonstrar com frequência sinais visíveis de pânico ou agitação.
  • Gesticular com as mãos: Especialmente em bebês mais velhos, eles podem levar as mãos à garganta, o que é um sinal clássico de desconforto naquela área.
  • Perda de consciência: Se a obstrução não for resolvida rapidamente, o bebê pode perder a consciência devido à falta de oxigenação do cérebro.

Ao identificar um ou mais desses sinais, é crucial agir imediatamente para desobstruir as vias aéreas do bebê.

Nesse contexto, a capacidade de reconhecer prontamente estes sintomas pode ser decisiva para evitar consequências mais graves que podem ocorrer por causa do engasgo. É importante notar que, embora esses sejam os sinais mais comuns, cada caso é único e a atenção aos sinais deve ser contínua.

O bebê engasgou: A diferença entre engasgo leve e grave

Quando se fala em engasgo em bebês, é vital distinguir entre um episódio leve e grave, pois cada situação demanda uma abordagem distinta.

Engasgo leve:

  • O bebê ainda é capaz de tossir de forma efetiva e talvez possa até chorar ou emitir sons.
  • É possível que o bebê fique vermelho no rosto, mas ele consegue respirar e sua tosse é forte.
  • Neste cenário, o mais apropriado é permitir que o bebê tente expulsar o objeto por conta própria através da tosse.

Intervenções devem ser mínimas, monitorando cuidadosamente e estando prontos para agir se a situação se agravar.

Engasgo grave:

  • Se o bebê está em silêncio ou produzindo sons abafados, incapaz de tossir ou chorar, isso indica um engasgo grave.
  • A criança pode apresentar coloração azulada na pele, lábios ou unhas devido à falta de oxigênio.
  • O estado de consciência do bebê pode diminuir se a obstrução obstruir severamente a respiração.

Em casos de engasgo grave, é indicada a realização imediata de manobras de primeiros socorros específicas para bebês, tais como tapinhas nas costas e compressões torácicas.

Em ambos os casos, se as medidas tomadas não resolverem rapidamente a situação, ou se houver dúvidas sobre a gravidade do engasgo, deve-se procurar assistência médica de emergência imediatamente. A orientação e a intervenção profissional podem ser cruciais para a segurança e a saúde do bebê.

No vídeo abaixo, a Dra. Ana Escobar ensina o que fazer o que não fazer quando o bebê engasgou: 
 
Assim como a própria Dra. Ana Escobar reforça, em caso de engasgo, chame o Samu, pelo 192 ou 193! 

Obstrução de vias aéreas: Como verificar e o que evitar

Quando suspeita-se que o bebê esgasgou e está com as vias aéreas obstruídas, é essencial agir de forma rápida e eficaz.

A primeira etapa é identificar se o bebê pode respirar, tossir ou chorar. Estes são sinais de que ainda há passagem de ar, e a obstrução pode ser parcial.

Nesse sentindo, silêncio, pele azulada, incapacidade de chorar ou tossir e perda de consciência indicam obstrução completa e necessidade de intervenção imediata.

Assim, procure evitar o pânico, pois ele pode prejudicar na tomada de decisões corretas.

Também, não introduza os dedos na boca do bebê para tentar remover o objeto manualmente, isso pode empurrá-lo ainda mais para dentro das vias aéreas:

  • Não realizar a manobra de Heimlich em bebês menores de 1 ano, pois isso pode causar danos internos. A técnica de golpes nas costas e compressões torácicas é a mais indicada.
  • Não suspender o bebê pelos pés ou sacudi-lo, pois isso pode agravar a situação e aumentar o risco de lesões.
  • Não ignorar sinais menos evidentes de obstrução, como dificuldades súbitas para respirar ou mudanças na coloração da pele.
  • Não tentar oferecer alimentos ou bebidas para resolver o engasgo, pois isso pode dificultar ainda mais a respiração.
  • Não demorar em buscar ajuda profissional se a obstrução não for aliviada rapidamente.

A prontidão em identificar sinais de obstrução e o conhecimento do que evitar pode salvar vidas. Familiares e cuidadores de bebês devem estar cientes dos perigos e práticas seguras para agir corretamente em casos de emergência de engasgamento.

É imprescindível ter em mente que, mesmo após o bebê desengasgar, a assistência médica pode ser necessária.

Pois, objetos pequenos podem causar danos internos ou ficarem alojados em outro ponto das vias aéreas.

Por isso, é fundamental uma avaliação médica para garantir a integridade física do bebê após um episódio de engasgo.

Lembre-se de que o conhecimento e a calma são essenciais em situações de emergência. 

Prevenção: Dicas para reduzir o risco de engasgo em bebês

A prevenção é a melhor estratégia para garantir a segurança dos bebês contra o risco de engasgo. Seguir algumas diretrizes pode ajudar a minimizar os perigos:

  1. Supervisionar as refeições: Nunca deixe o bebê sozinho enquanto está comendo ou bebendo.
  2. Alimentos apropriados: Evite alimentos duros, pequenos e redondos, como nozes e uvas inteiras, até que a criança tenha idade suficiente para mastigá-los de forma segura.
  3. Cortar e preparar os alimentos: Corte os alimentos em pedaços pequenos e cozidos até ficarem macios, reduzindo assim o risco de engasgo.
  4. Evitar brinquedos pequenos e peças destacáveis: Fique atento aos brinquedos do bebê, certificando-se de que não haja peças pequenas que eles possam colocar na boca.
  5. Posição durante a alimentação: Mantenha o bebê sentado e inclinado para a frente durante a alimentação; nunca o alimente enquanto ele está deitado.
  6. Ensinar a mastigar: Estimule a criança a mastigar bem os alimentos assim que ela começar a comer sólidos.
  7. Atenção aos objetos de casa: Mantenha objetos pequenos, como moedas e botões, fora do alcance dos bebês.
  8. Cursos de primeiros socorros: Pais e cuidadores devem realizar cursos de primeiros socorros para aprenderem as técnicas adequadas de socorro em caso de engasgo, como a manobra de heimlich. 

Veja abaixo um vídeo sobre a manobra de heimlich em bebês: 

O vídeo acima, apesar de importante, não substitui um treinamento parental adequado sobre primeiros socorros. 

Ao incorporar essas práticas no cotidiano, os pais e cuidadores podem contribuir significativamente para um ambiente mais seguro, minimizando os riscos associados ao engasgo em bebês.

Concluindo: O bebê engasgou e agora? 

A segurança dos nossos pequenos é super importante, então é fundamental que a gente saiba lidar com situações de engasgo. Pais, cuidadores e até mesmo educadores precisam estar atentos em algumas coisas simples que podem evitar problemas:

Primeiro, é importante manter longe do alcance dos bebês objetos pequenos, como brinquedos ou mesmo alimentos que possam ser difíceis de mastigar. E quando eles estiverem comendo ou brincando, a supervisão é fundamental.

Outra ponto, é aprender as técnicas básicas de primeiros socorros, como a manobra de Heimlich modificada, que pode ajudar a desengasgar um bebê, ou bater delicadamente nas costas, que também pode ajudar.

E, claro, em caso de emergência, é importante agir rápido e não hesitar em chamar ajuda profissional enquanto a gente tenta ajudar.

Se houver a oportunidade, participar de cursos de primeiros socorros específicos para bebês pode ser bem útil.

Esses conhecimentos podem fazer toda a diferença e, quando usados na hora certa, podem até salvar uma vida.

Assim, quando algum incidente como esse acontecer, mantenha a calma em primeiro lugar, respire fundo, verifique os sinais vitais do bebê, e chame a equipe de emergência, o mais rápido possível!  

 

Essa matéria foi feita apenas para fins informativos e não substitui uma consulta médica.  

 

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