A seletividade alimentar infantojuvenil se caracteriza pela ingestão limitada de alimentos ou pela rejeição a novas experiências alimentares. Diversos fatores podem influenciar esse comportamento, incluindo aspectos sensoriais, emocionais e sociais.
Na infância e na adolescência, os hábitos alimentares estão em formação, sendo comum a ocorrência de alguma resistência à aceitação de certos alimentos.
Entretanto, quando essa resistência se prolonga ou interfere no adequado aporte nutricional, tornam-se necessárias estratégias específicas para o manejo dessa condição, considerando a complexidade do paladar em evolução e a importância de uma nutrição balanceada para o crescimento e desenvolvimento saudável dessa faixa etária.
Compreendendo a Seletividade Alimentar
A seletividade alimentar pode surgir por diversos fatores, sendo multidimensional. Caracteriza-se pela recusa em experimentar novos alimentos ou pela aceitação de um cardápio muito limitado. Algumas causas incluem:
- Aspectos sensoriais: Crianças podem rejeitar alimentos devido à textura, cor ou sabor.
- Fatores psicológicos: Ansiedade, sensação de controle e experiências negativas passadas influenciam.
- Aspectos fisiológicos: Algumas condições médicas, como refluxo ou alergias, podem limitar a dieta.
- Ambiente alimentar: A forma como a família lida com a alimentação e hábitos estabelecidos também são relevantes.
Essas causas resultam em manifestações como a relutância persistente em provar novos alimentos, preferência por alimentos de texturas específicas e ingestão insuficiente de nutrientes.
A pediatra Dra. Jannuzzi explica mais sobre esse esse assunto:
A Importância da Inserção Familiar no Processo de Alimentação
A inserção da família no processo alimentar é crucial para o sucesso na superação da seletividade alimentar em crianças. Quando os pais e outros membros da família participam ativamente das refeições, a criança observa e tende a modelar comportamentos relacionados à alimentação. A presença familiar no momento das refeições:
- Proporciona um ambiente de suporte emocional.
- Viabiliza a exposição da criança a uma variedade de alimentos.
- Estimula a interação social que favorece a experimentação de novos alimentos.
- Reafirma hábitos alimentares saudáveis através do exemplo.
Logo, é essencial que a família esteja engajada e seja consistente nesse processo, promovendo uma experiência positiva em torno da alimentação.
Estratégias de Abordagem Nutricional para Crianças Seletivas
- Introdução gradual de novos alimentos: Comece oferecendo pequenas porções de novos alimentos junto a pratos já aceitos pela criança.
- Ambiente alimentar positivo: Crie um ambiente à mesa livre de pressões e negociações. Mostre entusiasmo pelo ato de comer de forma saudável.
- Envolvimento no preparo das refeições: Incentive a criança a ajudar no preparo dos alimentos para aumentar o interesse pela comida.
- Rotina alimentar consistente: Estabeleça horários regulares para as refeições e lanches, evitando petiscos fora dessas janelas.
- Dê o exemplo: Seja um modelo de uma alimentação variada e equilibrada para que a criança se inspire.
- Reforço positivo: Elogie o comportamento alimentar adequado sem ênfase excessiva no consumo dos alimentos em si.
- Exposição repetida: Apresente o mesmo alimento várias vezes, pois a criança pode precisar de múltiplos contatos para aceitá-lo.
- Evite distrações: Minimize a presença de brinquedos ou dispositivos eletrônicos durante as refeições.
Envolvimento de Profissionais: Quando Procurar Ajuda?
A seletividade alimentar pode ser uma fase típica do desenvolvimento, mas certas situações exigem a intervenção de profissionais. Recomenda-se procurar ajuda quando:
- A criança demonstra grande ansiedade, choro ou birras significativas em torno da comida.
- O crescimento parece estar comprometido, evidenciado por um ganho de peso insuficiente ou perda de peso.
- A restrição alimentar é tão severa que limita a variedade nutricional, com possível impacto no desenvolvimento.
- A seletividade alimentar persiste por mais de seis meses sem melhora.
- A dinâmica familiar está sendo afetada negativamente, com refeições tornando-se momentos de conflito constante.
Nessas circunstâncias, aconselhamos o envolvimento de pediatras, nutricionistas, terapeutas ocupacionais ou psicólogos especializados em alimentação infantil.
Finalizando o assunto
É crucial reconhecer que, embora a seletividade alimentar seja frequentemente uma fase do desenvolvimento, a busca por ajuda profissional é uma atitude sábia quando sinais de preocupação surgem.
Assim, a intervenção especializada pode oferecer suporte não apenas à criança, mas também à família, assegurando que todos se sintam capacitados a construir hábitos alimentares saudáveis e duradouros.
Ao adotarmos uma abordagem compassiva, paciente e colaborativa, estamos moldando não apenas as escolhas alimentares a criança, mas também cultivando uma base sólida para uma vida toda de hábitos mais saudáveis!
Leia também: Introdução alimentar: como escolher o cardápio inicial do bebê?
Alergias alimentares em crianças: tudo que você precisa saber imediatamente
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9 comentários
Oi, Fabíola!
É compreensível que você esteja preocupada com a seletividade alimentar de sua filha, especialmente agora que ela começou na escola e parece ter piorado. Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar:
Mantenha a calma e seja paciente, ofereça uma variedade de alimentos saudáveis,
seja exemplo de alimentação saudável, não force, mas incentive,
estabeleça uma rotina alimentar saudável, converse com os professores da escola e descubra o que está sendo oferecido durante as refeições na escola e discuta estratégias com os professores para encorajar sua filha a comer lá.
Consulte um profissional de saúde: Se a seletividade alimentar persistir e estiver afetando o crescimento ou desenvolvimento de sua filha, considere consultar um pediatra ou nutricionista infantil para avaliação e orientação adicionais.
Lembre-se de que cada criança é única e pode levar tempo para desenvolver hábitos alimentares saudáveis. Continuar oferecendo uma variedade de alimentos nutritivos e criar um ambiente positivo em torno das refeições pode ajudar a sua filha a superar sua seletividade alimentar.
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Oi tenho uma filha de 2 anos e 7 meses ela é muito seletiva com alimentos, agora q coloquei ela na escola piorou o quadro ela não come nada na escola ,qndo ela chega em csa tbem nao quer comer comida . Ela já não comia em grande quantidade em csa agora não quer comer comida de jeito nenhum, (só o ovo q ela ainda come )me ajuda ?
Olá, Daiane!
A seletividade alimentar do seu pequeno parece ser a resposta para algo maior, como a separação do seu marido. Aconselhamos acompanhamento terapêutico, para que tanto ele quanto você consigam superar essa fase. Acredite, vai ficar tudo bem!
Com carinho,
Luana.
Boa noite,
Tenho 2 filhos um filho de 3 anos ( que come de tudo, sem restrições, inclusive sozinho e faz todas as refeições completas no decorrer do dia ) e tenho o outro de 7 anos que de uns 5 anos pra cá (desde que me separei do pai dele) eata em uma seletividade só, grita chora esperneia a ponto as vezes eu ter que entrar com ele pro quarto pq os vizinhos acham que tô matando, enquanto na verdade ele só n quer comer !
A comida dele hoje é arroz, caldo de feijão, nugtts ou ovo mexido!
E se ele ver 1 caroço de feijão na comida ele não come mais nada !
Sendo que já levei ele pra fazer os alimentos comigo, já fizemos N trocas e sempre quando ele me promete tentar comer…. ele na hora que põe a colher de comida na boca, ele vomita !
Não sei mais o que fazer ele já está na segunda escola que ele estuda e hoje é apenas o 3 dia de aula e eu já fui chamada na escola por falta de interesse dele pela comida !!!!
Sempre perco as vagas por conta disso !
Olá!!
Estou numa situação com minha filha de 3 anos
Que já não sei, o que fazer!!!
Estou com muita dificuldade, em aceitar alimentos.
Comia muito bem, de frutas a legumes.
Faz um tempo vem se recusando a tudo e está numa seletividade terrível!!
Só pede sucos de frutas.
Faço cardápio diários e não estou tendo resultados.